Publicidade mobile no país tem 50% do investimento na América Latina
Discutir a relevância do mobile, especialmente no Brasil, onde a população é ávida por redes sociais, parece já não ser o x da questão para o mercado. Agora, o momento está mais para entender como potencializar a oportunidade de entrar em contato com esse novo consumidor. No último dia 6, o eMarketer divulgou que os investimentos em anúncios móveis devem fechar o ano registrando crescimento de 120%, colocando o país como líder da área na América Latina, ultrapassando os 599 milhões de dólares de faturamento – o equivalente a 46,5% de todos os gastos com publicidade móvel no mercado Latam. Até 2019, de acordo com o site, os anúncios para dispositivos móveis terão gastos acima de 3 bilhões de dólares e representarão 64,8% da publicidade digital brasileira.
Outros dados do mercado comprovam a tendência, como a pesquisa #brasilsemfiltro, realizada pela Expertise e Opinion Box, que revela que 42% da população brasileira prefere ficar 24 horas sem água ou energia elétrica em suas residências do que um dia inteiro sem smartphone. Ainda de acordo com o estudo, que ouviu, durante o mês de setembro, 1.574 internautas acima de 16 anos, de 512 cidades de norte a sul do país, de ambos os sexos e de todas as classes sociais, 41% das pessoas não “viveriam sem o smartphone” e 70% admitiram que usam o aparelho “muito” ou “mais do que deveriam”.
Diante do cenário, algumas questões surgem no que diz respeito a melhor forma de falar com esse público altamente conectado, mas nem sempre disposto a ter a publicidade tradicional na palma da mão, podendo facilmente, por exemplo, pular um anúncio de vídeo que considere desinteressante. Nessa esteira, diferentes formas de entrar em contato com o consumidor surgem e são maiores do que se pensa – ou pelo menos do que é feito até agora – e extrapolam o ambiente das redes sociais.
Segundo João Carvalho, presidente do Comitê e Mobile do IAB (Interactive Advertising Bureau), o caminho para melhorar a publicidade nas plataformas móveis é baseado em três pilares: entender os canais disponíveis, atentar para a segmentação e investir em criação.
“Defender a importância do canal já não é mais necessário, pois qualquer pesquisa mostra que a penetração de mobile é maior do que qualquer outro canal. Partindo daí, é importante ver como fazer a publicidade e não ficar restrito a alguns formatos. É possível fazer com sms, push, a partir dos próprios fabricantes, e muitas outras oportunidades. Mobile permite uma segmentação maior, com mais opções, como geolocalização e informações sobre o tipo de aparelho que a pessoa usa, permitindo uma segmentação por classe social, por exemplo”, pontua. “Na hora de criar as campanhas e peças, é preciso entender também que nem tudo fica bom em mobile, que tem uma tela menor. É preciso direcionar a publicidade no meio, investir nisso, e explorar melhor todo o potencial do smartphone”, reforça.
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(Propmark 09/11/2015)