O que os anunciantes esperam das agências de publicidade em 2016
Superação, efetividade, otimização de recursos, resultados. Os desafios das agências de publicidade no próximo ano, na visão dos próprios anunciantes, sinalizam que 2016 será um ano em que a flexibilidade deve reger os contratos. Para materializar parte deste sentimento, ouvimos oito líderes de marketing, vendas e inovação de grandes empresas que investem em ações de comunicação e marketing online e off-line.
A questão colocada a cada um deles foi a mesma: “O que esperam das agências de publicidade em 2016”. E as respostas convergem para o lugar comum: “Eu espero que as agências nos ajudem a superar os desafios de negócios frente ao cenário econômico adverso que prevemos para 2016”, disse Agricio Neto, vice-presidente de marketing e programação da SKY.
Confira as expectativas de Itaú, SKY, Netshoes, CNA, Porto Seguro, Jaguar Land Rover, Cyrela e Red Bull.
Eduardo Tracanella, superintendente de marketing do Itaú Unibanco
“2016 é um ano de entendimento, de contexto, de se colocar no lugar do consumidor e dos parceiros. Parte do que espero não muda: respeito, transparência, visão estratégica, criatividade e excelência na execução. A sutileza está no desafio maior de gerar empatia na mensagem e na forma com que será construída. Precisamos do melhor dos melhores. Estamos prontos para dar a direção, a segurança e inspirá-los. Em contrapartida precisamos ser surpreendidos e desafiados como nunca. Queremos e podemos fazer desse ano difícil, um ano de ainda mais transformação e fortalecimento para nossa marca. É a hora de surpreender e não de encolher. De ser eficiente, de fazer as escolhas corretas, mas, sobretudo, de se preparar para sair da crise ainda mais fortes.”
Agricio Neto, vice-presidente de marketing e programação da SKY
“Eu espero que as agências que trabalham com a SKY continuem sendo parceiras de negócios, cada vez mais fazendo parte do planejamento, nos ajudando a superar os desafios frente ao cenário econômico adverso que prevemos para 2016.”
Bruno Couto, head de marketing e comunicação do Grupo Netshoes
“As agências precisam estar mais integradas ao negócio. O que vejo hoje é muito discurso de pensamento integrado, mas pouca efetividade de tomada de decisão com esse viés. Em um ano desafiador como será o ano que vem, ter um parceiro de negócio que também construa sua marca será muito importante. Além disso, é hora de flexibilidade. Saber priorizar, apertar negociações, encontrar melhores acordos, mantendo a clareza no posicionamento e na plataforma da marca será decisivo.”
Luciana Fortuna, diretora de marketing e comunicação do CNA
“Em um ano como o que será 2016, temos que pensar nas nossas relações com agências e fornecedores como parceiros de negócio. Ou seja, se não tivermos flexibilidade nas negociações e resultados com as ações estaremos comprometendo o futuro do negócio e consequentemente das relações. Temos que pensar no curto prazo com pé no chão, sabedoria e responsabilidade. Acreditando em um futuro melhor e na construção das relações para esse futuro.”
Rafael Caetano, diretor de vendas online e canais digitais da Porto Seguro
“Espero que minhas agências compreendam a realidade da nossa economia e nos ajudem efetivamente a direcionar nossos investimentos em ações que potencializem retorno. O recurso está ainda mais restrito e precisamos mais do que nunca otimizar. Conto também com maior controle de qualidade e eficiência na execução.”
Gabriel Patini, diretor de marketing da Jaguar Land Rover América Latina
“Espero pró-atividade e ações criativas multi-plataformas com foco em resultados.”
Guilherme Sawaya, gerente geral de e-Business da Cyrela Brasil
“Em um cenário extremamente desafiador, eu espero da minha agência em 2016 algo bastante simples: entender a fundo, e traduzir em ações, o comportamento do cliente em um ambiente de crise. Em que ele está prestando atenção? Como é possível captar sua atenção de forma efetiva? O que se pode fazer pra encurtar o ciclo de compra, cada vez mais longo, e diminuir a dispersão no caminho?”
Marcio Rod, head de inovação da Red Bull UK
“Aqui na Inglaterra, provavelmente temos uma expectativa diferente do Brasil. Mas há algo em comum entre os dois mercados: a necessidade cada vez maior das agências de publicidade otimizarem os investimentos com foco em retorno de vendas. Em todo o mundo, a palavra que rege negócios é otimização. Além disso, para o nosso universo, é muito importante que as agências tragam iniciativas, soluções e projetos que reforcem nosso propósito de marca e gerem conversas, conteúdo”.
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(GoAD 16/11/2015)