quinta, 26 de dezembro de 2024

Setor de alimentos e bebidas apresenta novo modelo de rotulagem nutricional

A proposta é de um modelo frontal, com base indicativa por porção, onde os ícones de sódio, açúcares totais e gordura saturada ganham cores de entendimento universal. Evento contou com a presença de jornalistas e profissionais de mídia de todo o Brasil e marcou também o lançamento dos canais de mídias sociais

 

 

  

 

O modelo proposto pelo setor produtivo foi lançado nesta quarta-feira, em São Paulo, durante um Workshop em comemoração ao dia Mundial da Alimentação (16 de outubro).

 

O jornalista Marcelo Tas foi o mediador do debate sobre “Desafios e escolhas alimentares da população brasileira”, com a participação das nutricionistas Marcia Terra, membro da diretoria da SBAN (Sociedade Brasileira de Alimentação e Nutrição) e Vanderlí Marchiori, fundadora e membro da diretoria da Associação Brasileira de Nutrição Esportiva (ABNE) e presidente da Associação Paulista de Fitoterapia (APFIT); e de Luis Madi e Raul Amaral, do Instituto de Tecnologia de Alimentos (Ital), do Governo do Estado de São Paulo.

 

O presidente da Associação Brasileira das Indústrias da Alimentação (ABIA), Edmund Klotz, e o presidente da Associação Brasileira das Indústrias de Refrigerantes e de Bebidas não Alcoólicas (ABIR) Alexandre K. Jobim, deram as boas-vindas aos 40 jornalistas de todo o Brasil que participaram do workshop. “A proposta do setor é baseada em duas premissas principais: oferecer informações mais completas sobre o alimento e empoderar o consumidor. Acreditamos que o modelo com cores é o que melhor informa sobre os nutrientes contidos nos produtos e o que mais empodera o consumidor na sua decisão de compra. Confiamos na capacidade das pessoas em fazer suas escolhas alimentares, quando bem informadas”, declarou Klotz.

 

“As indústrias brasileiras de bebidas não alcoólicas têm trabalhado constantemente para oferecer informações de qualidade para que os consumidores tomem suas decisões de consumo. O modelo de rotulagem nutricional proposto pela indústria hoje, baseado em cores, é fruto de estudos de especialistas e atende diretamente as demandas da sociedade. A ABIR defenderá sempre a transparência, o respeito ao consumidor e a liberdade de escolha a partir de informações consistentes para o consumo consciente”, complementou Jobim.

 

Depois de três anos de estudos e debates com o governo e a sociedade, a indústria de alimentos e bebidas apresenta uma proposta para um novo modelo de rotulagem, que atende não só às mudanças nos hábitos alimentares dos brasileiros, mas, principalmente, à demanda por clareza sobre ingredientes e valores de referência para composição de uma dieta equilibrada.

 

O MODELO DEFENDIDO PELO SETOR

 

A proposta entregue à Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) pelo setor produtivo é de uma rotulagem nutricional frontal com base indicativa por porção, onde os ícones de sódio, açúcares totais e gordura saturada passam a ser COLORIDOS, em verde, amarelo e vermelho, cores de entendimento universal.

 

    

 

Trata-se de uma recomendação baseada em diversos trabalhos, numa análise do cenário mundial e em revisão bibliográfica realizada pelo Núcleo de Estudos e Pesquisas em Alimentação – NEPA, da UNICAMP – Universidade Estadual de Campinas.  Após analisar a estrutura atual e, com objetivo de orientar melhor o consumidor na hora da escolha, a proposta de rotulagem do setor está fundamentada numa abordagem direta, clara e específica, que introduz melhoras significativas no entendimento da composição dos alimentos.

 

A rotulagem dos alimentos é uma ferramenta essencial para que o consumidor obtenha informações de forma padronizada, clara, simples e segura, para tomar decisões alimentares personalizadas e equilibradas. “A indústria vem caminhando para atender a necessidade da população e empoderar o consumidor para que ele seja capaz de fazer suas escolhas. A informação que deve constar no produto precisa ser clara e direta, este é o caminho para a educação nutricional, em que as pessoas tenham à sua disposição dados corretos e concretos sobre o alimento que está adquirindo, resaltou Vanderlí Marchiori.

 

O significado das coresA cor verde indica que o consumo está mais longe da recomendação diária do nutriente (IDR), ou seja, pode-se ingerir uma quantidade maior daquele nutriente. A cor amarela demanda atenção, pois o alimento já está com níveis mais próximos de se alcançar a recomendação diária de consumo. A cor vermelha indica que o consumidor está bem próximo de alcançar a recomendação diária do nutriente somente com o consumo deste único alimento; por isso, é importante controlar o consumo de outros alimentos com maior aporte desse nutriente.

“A indústria de alimentos sempre informou o conteúdo de seus produtos na rotulagem determinada pela legislação. No momento atual, frente à crescente preocupação das pessoas em moderar o consumo de calorias, sódio e gorduras, a indústria propõe um aperfeiçoamento na rotulagem nutricional, com o objetivo de destacar, de forma transparente, o conteúdo dos componentes que têm limites de ingestão diária determinados pela OMS. O modelo proposto utiliza o formato gráfico de semáforo na parte frontal da rotulagem, um formato que consegue chamar a atenção dos consumidores, informar claramente os conteúdos dos ingredientes citados e que, inclusive, oferece uma avaliação fácil se o conteúdo de açúcar, por exemplo, está alto (vermelho), médio (amarelo) ou baixo (verde)”, disse Raul Amaral, pesquisador científico e coordenador da Plataforma Tecnológica do ITAL.
A proposta prevê, na tabela nutricional, a mudança da base de indicação das informações sobre os nutrientes para 100g, o que permite ao consumidor comparar alimentos de uma mesma categoria e de categorias diferentes. Essa informação, aliada à indicação por porção no painel frontal da embalagem, oferece dados mais completos aos consumidores.

A tabela inclui também a declaração obrigatória dos açúcares totais, na linha abaixo dos carboidratos.

 

 

 

 

A quantidade por porção é opcional na tabela nutricional. Pode ser feita a declaração do número de porções para embalagens com mais de uma porção. Desta forma, ficará evidente a necessidade de multiplicar os valores nutricionais indicados na rotulagem nutricional frontal, de acordo com a quantidade de porções consumida.

Ao invés de apenas incluir sinais de advertência e vincular o alimento à ideia de perigo, o modelo apresentado pela indústria é fundamentado em uma relação de confiança e respeito ao consumidor. Apresenta o teor de cada nutriente contido nos alimentos com a utilização de cores de entendimento universal. “A informação por porção é mais próxima da realidade de consumo, e, por essa razão, a rotulagem frontal com cores é feita por porção. Esse modelo possibilita que o consumidor encontre de forma mais fácil a característica dos alimentos, o teor de cada nutriente, para que tenha o poder de escolha dentro do contexto de uma dieta equilibrada, diversificada e inclusiva. Isso evita a simples inserção de advertências ou ilustrações, meramente interpretativas, que desqualificam isoladamente nutrientes nos alimentos”, explicou Daniella Cunha, Diretora de Relações Institucionais da ABIA.

Vale lembrar que cada indivíduo apresenta necessidades nutricionais distintas, que mudam de acordo com idade, prática de atividade física, condições gerais de saúde e situação metabólica, entre outros fatores. Logo, uma alimentação adequada varia de pessoa para pessoa. De acordo com a nutricionista Márcia Terra, é essencial encarar a alimentação com olhar multifatorial. “Está claro que o desenvolvimento tecnológico trouxe facilidades e oportunidades, com opções de consumo que não prejudicam a saúde. Hoje somos levados para tudo o que possa facilitar a vida cotidiana e o trabalho na cozinha. As razões que envolvem a escolha dos alimentos são inúmeras, porém, a mais relevante é baseada no entendimento, fato que contribui para uma grande mudança nos padrões alimentares da população”, explicou a especialista.

A indústria da alimentação acredita que qualquer modelo de rotulagem, sozinho, não é capaz de substituir uma ação ampla de educação alimentar e nutricional, que oriente a população a entender as informações nos rótulos dos alimentos e saber como compor uma alimentação saudável e equilibrada. “Na relação de consumo, quando o poder de escolha está nas mãos do consumidor bem informado, todos ganham: a indústria é incentivada a buscar mais qualidade e novas tecnologias; a liberdade de escolha das pessoas é respeitada com o acesso a informação e a oferta diversificada de produtos; enfim, o país prospera”, finalizou Daniella.

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