quarta, 15 de janeiro de 2025

Cortando a corda com a TV por Assinatura

Confira o artigo do Rodpaolucci sobre cortar a TV por assinatura e investir apenas em streaming.

Recentemente fui avisado em meu prédio da possibilidade de contratação de internet fibra óptica de 50 e 100MB a um preço competitivo. Hoje tenho 10MB em casa e me atende com relativa satisfação – à exceção dos domingos a tarde/noite quando tudo fica mais lento.

Tirei uma chuvosa tarde de domingo para pensar a respeito. Olhei em meu GuiaBolso, e o investimento mensal em TV por Assinatura é de despercebidos R$209,28, em meio a outros gastos. Ah, nem é tanto. Wait, isto significa R$2.511,36 anuais. Ok, vamos sentar e conversar. E isto não é investimento, é despesa.

Diante da oferta e dos termos de contratação, resolvi que era hora não só de aumentar a velocidade da internet mas como também de cortar meu vínculo com TV por Assinatura. Fiz uma análise de tempo gasto com o serviço e vi que durante a semana não passo mais que 30 minutos diários consumindo TV por Assinatura e aos fins de semana este share sobe para 1 hora. Percebi também que tudo que eu consumia via TV por Assinatura poderia ser acessado via internet (legalmente) e eu já estava fazendo isto de certa maneira: assinando Netflix, Apple Music, NBA League Pass ou HBO. Ou seja, aquela TV por Assinatura estava apenas consumindo recurso. Me tornei um cord-cutter.

O que é cord-cutter e cord-never?

Este é um termo criado para designar pessoas que cortaram o pacote de TV por Assinatura e preferiram consumir serviços avulsos, geralmente por streaming. Nos Estados Unidos este termo faz bastante sentido pois a taxa de adoção de TV por Assinatura é alta e volume tem massa crítica.

Já Cord-never é usado para designar pessoas que nunca assinaram TV por Assinatura (e provavelmente nunca assinarão). Veja que ambos já somam 24%. Este termo no Brasil talvez faça mais sentido, já que as taxas de adoção de TV por Assinatura nunca foram massivas.

Cortar a corda é para todo mundo?

Resposta curta: não. Ainda.

O fato é que é preciso analisar o padrão individual de consumo de conteúdo. Meu perfil é de consumo de conteúdo de curta-duração na internet e de longa-duração (> 10 minutos) para séries e filmes e esportes. Para isto, tenho opções avulsas como Netflix, HBO Now, Premiere Play e NBA League Pass. Note que boa parte do meu consumo já deveria ser pago de modo avulso mesmo que eu assinasse o maior pacote da minha TV por Assinatura.

Porém, para muitas pessoas essa realidade não se aplica. Quem gosta do hábito de sentar para assistir televisão definitivamente não é um potencial cutter ou never. Para estas pessoas, o bundling vale a pena, como você pode ver nesta brilhante análise do Chris Dixon de alguns anos atrás (ainda válida).

Outro ponto importante a acrescentar é que estamos, literalmente, no meio do caminho entre as ofertas avulsas e o bundling. Diversas iniciativas já estão tomando corpo em mercados maduros, como HBO Now, Hulu, Amazon Prime Video, Showtime e o mais recém-lançado Youtube Red (ok este é outro tipo de consumo e vale um post específico). Aqui no Brasil ainda estamos engatinhando, somente com a presença do Netflix como serviço relevante, e agora o GloboPlay (?).

Não tenho dúvidas que este é um caminho sem voltas, e uma série de fatores ajudam a acelerar esse movimento. Aumento do número de serviços, commoditização e acessibilidade à internet em altas velocidades, viabilização de modelos de negócio 100% digitais (assinatura, pay-per-view, publicidade), facilitação com meios de pagamento web (mobile payment, digital wallet), crescimento da base de smartphones e por fim, aplicado diretamente ao Brasil, barateamento no acesso a cartões de crédito e contas bancárias (Nubank, Banco Original).

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